FATT - 16/8/2014
O terceiro dia do FATT começou com um workshop de
Percussão Afro-Brasileira. O ritmo principal apresentado foi o Samba-reggae
inspirado no som da Jamaica mas criado em Salvador da Baía, Brasil.
Como em todas as alturas neste festival, em cada workshop
ou jam session vão-se juntando pessoas com os seus instrumentos ou qualquer
outra arte que dominem.
Ao som das fortes batidas juntaram-se as bailarinas do
grupo Allatantou, criando um momento mágico de pura comunhão.
Ao longo da tarde davam-se os últimos workshops desta 12ª
edição do FATT.
Fui de novo à oficina das mandalas, desta vez para criar
um dream catcher.
A magia deste festival reside na partilha de sorrisos,
experiências e amor pela música e pela arte. Aqui não há distinção nem tão
pouco distância entre artistas e público, os artista que à noite actuam no
palco, de dia dão os workshops dos seus instrumentos e convivem com todos os
festivaleiros.
A noite começou com uma pequena apresentação de didgeridoo
por parte dos alunos do Rodrigo Viterbo.
Seguiu-se o concerto do grupo Allatantou. Esta companhia
de dança e percussão nasceu na Gâmbia na década de 70, tendo vindo para alguns
países da Europa na década seguinte e para Portugal em 2006.
Inspirados nas tradições e culturas da costa ocidental de
África, presentearam-nos com um verdadeiro espectáculo de ritmo e dança.
Com coreografias bem ensaiadas, dirigiram-se ao público
traduzindo o dialecto que cantavam. Com um conjunto de celebrações, desde a
colheita às oferendas de filhas para mães, terminaram o seu espectáculo com convidados
e amigos em cima do palco que se juntaram às danças e aos djambés.
“Deus abençoe os artistas, Deus abençoe a arte”.
Nesta última noite de concertos, tivemos espectáculos de
pirotecnia no intervalo dos mesmos.
O malabarismo de fogo, as dançarinas ou as fagulhas que
eram lançadas no ar, ajudaram a aquecer a noite.
O concerto que se seguiu foi o da dupla Adèle &
Zalem. Estes dois franceses apresentam-se em palco apenas com dois didgeridoos
e conseguem fazer magia!
Utilizam a voz e o didgeridoo para fazer beatbox,
melodias e baixos criando ritmos incríveis e fazendo todos dançar.
Presentearam-nos também com solos individuais e terminaram
o concerto, depois do público pedir mais música, com um convidado e amigo muito
especial.
Reo Matsumoto (beatbox) juntou-se ao palco e juntos
improvisaram fazendo todos dançar e implorar por mais.
Depois deste excelente concerto foi a vez dos tão
aguardado Wild Marmalade pisarem o palco nesta noite de bilhetes já esgotados.
Os australianos começam a noite com um agradecimento ao
festival em geral por enaltecer uma cultura e um instrumento dos seus ancestrais,
os aborígenes australianos.
Divididos por bateria e didgeridoo tocaram de lado,
aproveitando assim a novidade dos dois palcos que criavam uma plateia a 360º.
Ben Walsh é um verdadeiro mestre da bateria, tocando em
velocidades quase sobre humanas, os Wild Marmalade não deixaram ninguém
sentado.
Um final perfeito para um festival perfeito!
Sabe tão bem ver um concerto sem centenas de smartphones
com o flash ligados para filmar. Sabe tão bem trocar a televisão e o computador
por pés descalços no chão.
Sabe tão bem absorver a música e a arte e sair de alma
inspirada!
Obrigada a toda a organização do festival por nos ter
recebido, até para o ano.
Fotografias por: Luís Carvalho
Para mais fotografias deste dia: https://www.facebook.com/soumusica.pt
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