Rock in Rio Lisboa 29/5 - Parte I
O Rock in Rio é provavelmente o festival que mais patrocinadores e merchadising tem.
À saída do metro já nos estão a oferecer pastilhas
Gorilla ou flyers de outros eventos.
Neste dia de lotação esgotada as portas abriam as 15h,
uma hora antes do costume. Esta medida foi tomada para a entrada no recinto ser
mais fluida e penso que foi pelas mesmas razões que nem sequer estavam a
revistar as malas, ouvia-se “sigam sigam”.
Eram 16h45 quando entrei no recinto e o número de pessoas,
espalhadas pelo mesmo e as que se encontravam já a marcar lugar em frente ao
palco, estava ainda muito longe do que viria ao cair da noite.
Fiz o meu habitual reconhecimento do espaço. Penso que a
cada edição que passa o Rock in Rio consegue esconder menos a propaganda que
outrora era mais disfarçada. Temos o exemplo do palco “secundário” que em
edições anteriores se chamava “Palco Sunset” e que agora dá pelo nome “Palco
Vodafone”.
São inúmeras as atrações que ajudam a passar a tarde,
desde a roda gigante, ao slide (da Heineken), às danças da zona Yorn
Bundalicious, ao insuflável da Caixa Geral de Depósitos,...
Para quem gosta de recolher brindes este é o festival
indicado, podem levar uma mochila vazia que garanto que saiem com ela cheia no
final da noite. E isto claro está, se não se importarem de ficar umas boas
horas em filas. O espaço EDP oferecia chapéus de palha e t-shirts (infelizmente
não vi o tatuador Ami James), a Vodafone oferecia sofás insufláveis vermelhos,
etc.
Dois dos espaços que também animavam a tarde eram: o
palco Street Dance e a Rock Street com inspiração em Camden Town, que além das
lojas decoradas com este tema e dos artistas de rua tinha um palco (da EDP!)
onde contava com alguns concertos.
Eram 18h quando Frankie Chavez entrou no palco Vodafone. As pessoas que ali estavam para o ver, e que o acompanharam nas letras, eram mais do que eu esperava.
Frankie Chavez, que mistura blues com folk e rock, é um
dos grandes músicos portugueses da nova geração.
Costuma ser um “one man show” mas talvez pela dimensão
que o festival pede, apesar de tocar num palco secundário, fez-se acompanhar de
um baterista e um guitarrista na maioria das músicas.
Mostrou-nos músicas do novo álbum como o single “Fight”
(que aconselho vivamente a ouvirem) que puxa mais para o rock, mas houve tempo
também para músicas mais antigas num género que eu considero mais “surf music”,
género este fácil de associar sendo este o cantor responsável pela banda sonora
do documentário “ZON North Canyon” aquando de uma das visitas de Garrett McNamara
à Nazaré.
Às 19h entra Rui Veloso para abrir as hostes do Palco
Mundo. Este foi um concerto diferente, três em um, dividindo o palco com o
brasileiro Lenine e a beninense Angélique Kidjo.
Rui Veloso acompanhado pela sua banda (incluindo Berg, o
vencedor do programa Factor X Portugal) começou com a música “Lado Lunar” e
revisitou alguns dos seus êxitos como “O prometido é devido” e “Anel de Rubi”.
Dois momentos bastante bonitos foram-nos dados pela voz
de Angélique Kidjo com a primeira e a última música que cantou, “Redemption
Song” de Bob Marley e “Afirika” respectivamente.
Às 20h30 foi a vez de Xutos&Pontapés subirem ao Palco
Mundo. Provavelmente a banda nacional mais querida do público português, é
sempre aposta garantida numa noite que pedia energia para aquecer para o grande
concerto no final da noite.
Passaram por alguns temas do novo álbum mas não podiam
deixar de cantar os grandes sucessos tais como “Contentores”, “Homem do Leme”, “Dia
de S. Receber”, “À minha maneira”, “Maria” e “Circo de Feras”. Cada uma cantada
em plenos pulmões por cada pessoa que assistia a mais um concerto de “Xutos” no
Rock in Rio.
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